Entretanto

tive mais uma vez a prova que nunca se deve dizer "não gosto, não quero, não faço..."
tudo tem a ver com a circunstância em que acontece e como acontece.
pela primeira vez peguei num gato desconhecido ao colo, trouxe-o para minha casa, dei-lhe de comer, fiz-lhe uma cama, deixei-o dormir ao lado do aquecedor, adorei-o durante horas, ... e fiquei triste quando ele voltou para os donos originais (já o tinha adoptado e preparado tudo para ele ficar connosco, mas ainda tem a cama feita, talvez fuja outra vez de casa).

Apareceu numa noite fria, quando abri o portão ele passou entre as minhas pernas e começou a correr ao meu lado e a ronronar (nunca tinha ouvido um gato a ronronar durante horas e horas seguidas).
Veio comigo até à cozinha e comeu, comeu a comida do ELVIS, bebeu leite quente e comeu e comeu
Depois fiz-lhe uma cama num puff com um aquecedor ligado para ele, dormiu e dormiu toda a noite.
Na manhã seguinte eu continuava na dúvida sobre o que lhe fazer, não podia mandá-lo embora.
Ele continuou a correr ao meu lado, a brincar comigo, vinha sempre que o chamava, mostrei-lhe outras zonas da casa e ele continuava a ronronar quando chegava a zonas mais quentinhas ...
Mas houve um dia em que sai o dia todo, mesmo deixando a casa aberta e o aquecedor ligado ele não gostou e foi embora, ... não voltei a vê-lo, acredito que voltou para os donos.