Fui ver a exposição de FRIDA KAHLO no CCB, já conhecia alguns quadros delas (nunca ao vivo), mas estava curiosa com as fotos que sabia existirem na exposição. Os quadros são aquilo que era de esperar: extraordinários.
Gosto de quadros onde entendo o sentimento de quem os pinta, onde deduzo a intenção do que querem mostrar; não me preocupo muito se os pés não estão do mesmo tamanho ou se nos auto-retratos a cor do cabelo não é bem aquela, ou o nariz não é tão direito, por isso adorei.
As fotos fazem com que nos transportemos para aquela época. Consegue-se deduzir, que FRIDA era alguém que sabia o que queria transmitir.
Alguns quadros impressionaram-me pelo conteúdo, é um daqueles quadros, que não precisamos de ler a legenda para entender o que aconteceu, o que ela sentia e que a mim me faz chorar
Aliás, acho que em todos os quadros onde ela está retratada se entende perfeitamente o seu sentimento e o que aconteceu, sem ler a legenda.
Fiquei igualmente impressionada com o Diário dela, eu tento ter um diário em que cada dia é escrito com a mesma caneta. Ela pelo contrário, dá a ideia que cada sentimento que lhe vinha à cabeça tinha direito a palavras, desenhos, riscos de cores diferentes, de intensidades diferentes. Além disso, não consegui descobrir mas fiquei com a sensação que ela voltava atrás nos dias para acrescentar coisas, do género: “é verdade, esqueci-me que também me aconteceu isto e senti isto. Deixa-me voltar ao dia xx de xxx do ano xxxx para que fique registado no dia certo.”
Eu não faço isto, nunca volto atrás no tempo.
Resumindo: ADOREI, e felizmente o meu “homem grande” tomou conta do meu “homem pequeno”, por isso consegui ler tudo, ver tudo, enquanto eles se entretinham a ver o desfile fúnebre que lá está representado. Confesso que o desfile não me sai da cabeça pela intensidade que tem. Aqueles esqueletos, quase todos com um bebé ao colo, as caveiras, as oferendas, … está extraordinário.
1 comentário:
Queria tanto ver, mas estou longe... e não dá...
Beijinhos.
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