quarta-feira, maio 31, 2006

Vou deixar andar?

Pois, não me perguntem porquê, mas é mesmo assim. E ainda por cima recebi este texto de um colega que reflecte o que ando a observar no dia-a-dia e sobre o qual não posso GRITAR a minha opinião.
Todos os “Gestores” ou que se intitulam como tal, deviam ter um blog onde colocassem as suas intenções (antes de …) e depois ouviriam os comentários, analisariam e chegariam a uma conclusão. Afinal todos sabem, mesmo os que querem ignorar, que duas cabeças pensam melhor do que uma…

Aqui vai o texto:

Todos os dias, a formiga chegava cedinho à oficina e desatava a trabalhar. Produzia e era feliz. O gerente, o leão, estranhou que a formiga trabalhasse sem supervisão.
Se ela produzia tanto sem supervisão, melhor seria supervisionada?
Contratou uma barata, que tinha muita experiência como supervisora e fazia belíssimos relatórios. A primeira preocupação da barata foi a de estabelecer um horário para entrada e saída da formiga. De seguida, a barata precisou de uma secretária para a ajudar a preparar os relatórios e contratou uma aranha que além do mais, organizava os arquivos e controlava as ligações telefónicas. O leão ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com índices de produção e análise de tendências, que eram mostrados em reuniões específicas para o efeito. Foi então que a barata comprou um computador e uma impressora laser e admitiu a mosca para gerir o departamento de informática.
A formiga, de produtiva e feliz, passou a lamentar-se com todo aquele universo de papéis e reuniões que lhe consumiam o tempo!
O leão concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga operária trabalhava.
O cargo foi dado a uma cigarra, cuja primeira medida foi comprar uma carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete.
A nova gestora, a cigarra, precisou ainda de computador e de uma assistente (que trouxe do seu anterior emprego) para ajudá-la na preparação de um plano estratégico de optimização do trabalho e no controlo do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se mostrava mais enfadada.
Foi nessa altura que a cigarra, convenceu o gerente, o leão, da necessidade de fazer um estudo climático do ambiente. Ao considerar as disponibilidades, o leão deu-se conta de que a Unidade em que a formiga trabalhava já não rendia como antes; e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico e sugerisse soluções. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e fez um extenso relatório, em vários volumes que concluía: "Há muita gente nesta empresa".
Adivinhem quem o leão começou por despedir?
A formiga, claro, porque "andava muito desmotivada e aborrecida".

Lindo!!!!
Tenho a certeza que estão a pensar como eu:
- 'Onde é que eu já vi este filme?'

4 comentários:

BAd disse...

Pena mas hoje todos falam das formigas desta vida.
Eu aqui nem formiga sou, faço o trabalho mas ninguém repara em mim.
Parece que o trabalho se faz sozinho.
Desculpa a má disposição mas é como estou hoje.
beijinhos

Mónica Lice disse...

Enfim... work, work, work...:)

Ouvinte disse...

Parece impossivél, mas a realidade é que de todos os pesos mortos desta sociedade só os trabalhadores é que se lixam ... tanto gestor tanta burocracia que só dá em má produtividade.

:)

Alma Minha disse...

Também recebi este mail... muito interessante e verdadeiro!
Bjs